terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Antepassado dos Instrumentos de Corda - Introdução a História do Violoncelo

A teoria sob a origem dos instrumentos de cordas é baseada essencialmente no folclore, lendas, manuscritos e quadros. Agora foi no século XV, no renascimento, onde florescem as violas de arco, fonte de origem do violoncelo.                                             


                             

Por volta de 1500, já se encontrava quatro tipos de violas fundamentais: viola de braço, de ombro (viola da spalla), de perna (viola da gamba) e de pé (viola baixo). Além da família tradicional citada acima, existe outras ramificações das violas, que tiveram muito destaque em sua época: a viola d’amore (de braço), viola bastarda (de perna) a viola pomposa e a viola de bordón.



Família das Violas:





Viola Bastarda:


A Viola da Gamba, através de numerosas modificações, chega ao seu apogeu, no que concerne ao seu modelo clássico em 1600. Suas linhas se parecem com o contrabaixo atual, parecido com uma pera e com trastes no espelho. Porém, suas dimensões se aproximam do violoncelo que será, depois de um começo difícil e desajeitado, o rival que venceu a viola, como veremos depois. 



 Viola da Gamba:


Essas são as diferenças fundamentais entre a família das violas e a família das cordas de hoje:


VIOLAS                                                                  
- Forma de pera
- Fundo plano
- Trastes sobre o espelho
- Pega do arco embaixo do arco
- Orelhas em forma de C

VIOLINO, VIOLONCELO E CONTRABAIXO:

- Corpo do instrumento formado por dois círculos de tamanhos diferentes e ligeiramente superpostos.
- Fundo curvado
- Sem trastes sobre o espelho
- Orelhas em formas de F

Naturalmente com o tempo, a forma de tocar viola se comprometia pelo fato das composições exigirem cada vez mais o virtuosismo do interprete. Quando a viola exercia apenas o papel de acompanhante, ela poderia sem problemas ser segurada pela mão esquerda. Evidentemente, essa posição trazia grandes limitações. Décadas depois, nos séculos XVII E XVIII, com o apogeu da viola da gamba como instrumento solista e virtuoso, o instrumentista, sentado, sustentava seguramente o instrumento em seu colo, ganhando liberdade de movimentos e equilíbrio. Na Itália, a Gamba perdurou como instrumento favorito de nobres e clérigos, e não fez tanto sucesso na França, Holanda, Países Nórdicos e Europa central. Paradoxalmente a Itália foi um dos últimos países a conhecer os novos instrumentos de corda, entre o final do Séc.XII e início do Séc.XIII, quando começa-se a fabricar os primeiros violoncelos. 


Violoncelo: 


A evolução nas composições vocais, iniciadas na escola flamenca nos anos 1450-1475,  com a tendência a compor com mais frequência uma linha musical nos registros graves e a avidez do povo italiano pelas melodias foram os ingredientes necessários para a aparência do violino e do violoncelo. 

Quando o violino começou a se tornar independente, seu som potente, áspero e acido contrastava com a doçura da viola. Portanto, tinha que se buscar um complemento: O cello, que será durante séculos, um enriquecedor ao invés de um oponente. 

Segundo estudiosos, as primeiras citações do violino em sua forma mais primitiva, se situa entre os séculos XII e XIII, O "baixo de violino", como era chamado o violoncelo, só aparece citado no século XV. Os inumeráveis artesões italianos começaram a experimentar fazer um instrumento que tinha a potencia do violino com o grave da gamba.

Os primeiros exemplares conhecidos que temos do Cello são de: Gasparo da Saló, Amati e Maggini, e foram construídos entre 1550 e 1600.


Violoncelo Amati "The King", localizado no Metropolitan Museum of Art, Nova York.





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